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Albert Camus (1913-1960) foi um escritor franco-argelino, romancista, ensaísta, dramaturgo, filósofo e também jornalista militante, engajado na Resistência Francesa e nas discussões morais do pós-guerra, escrevendo para publicações anarquistas e socialistas.

Os efeitos da guerra, fome e miséria na sua infância e juventude marcaram a saúde e o pensamento do escritor.

Em 1942, já morando em Paris, publicou 2 de seus livros mais importantes, o romance “O Estrangeiro” e ensaio filosófico “O Mito de Sísifo”. A ideia do absurdo da existência humana, formulada aí , foi sua maior contribuição para filosofia.

Em 1946, fez diversas palestras nos EUA sobre o existencialismo, embora rejeitasse pertencer a qualquer escola de pensamento em particular. Publicou “A Peste”, no ano seguinte.

Abert Camus em uma visita a Londres. Foto: Kurt Hutton

Entre 1949 e 51, viveu recluso, devido a nova recaída da tuberculose, contraída na juventude. Em 1951 publicou “O Homem Revoltado”, em que faz uma análise da ideia de rebelião e revolução, rejeitando o comunismo. Essas ideias perturbaram os intelectuais franceses, comprometidos com o marxismo, e provocaram sua ruptura com Sartre.

Camus manteve-se coerente ao condenar enfaticamente as formas totalitárias de poder, de direita ou de esquerda. Sua obra foi crítica à radicalização e à degeneração de revoltas, passando pelo nazismo, até as revoluções marxistas. Para ele, “a justa contestação contra a condição humana miserável se deteriora quando os revolucionários passam a se guiar pela perpetuação do poder”.

Recebeu o Nobel de Literatura em 1957 “por sua importante produção literária, que, com seriedade lúcida ilumina os problemas da consciência humana em nossos tempos”.

Uma vez perguntado se preferia futebol ao teatro, respondeu: “futebol, sem dúvida!”

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