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Ilustração do séc.XIV. Fonte: Wikimedia Commons

Giovanni Boccaccio (1313-1375), foi um poeta, escritor e crítico literário, especializado na obra de Dante Alighieri.

Além de “Decamerão“, escreveu inúmeras obras, entre as quais se destaca “De claris mulieribus”, uma série de biografias de mulheres ilustres.

Num contexto em que uma Igreja em crise e os frequentes surtos de praga (que eliminou grandes parcelas da população europeia) ajudaram a enfraquecer velhas estrututas de poder, criando novas oportunidades, Boccaccio e seu mestre Petrarca são considerados os iniciadores do humanismo europeu, que abre caminho para a Renascença, na virada do sec. XV para o XVI.

Sua obra esteve à frente do seu tempo e foi um divisor de águas da literatura medieval, eminentemente religiosa, para uma cultura aberta aos progressos da Razão.

Nas últimas duas décadas de vida, se dedicou ao trabalho erudito, estudos gregos, em detrimento da prosa de ficção. Entretanto, a única obra de ficção escrita no período (Il Corbaccio) é controversa até hoje, por se ignorar os motivos que o levaram a escrever uma obra misógina, muito diferente do que escrevera até então.

A obra-prima de Dante Alighieri foi originalmente batizada “A Comédia”. Depois Boccaccio adicionou Divina, pelo fascínio que ela lhe causou.

As obras de Boccaccio, Petrarca e Dante foram as grandes responsáveis pela disseminação do dialeto falado na região da Toscana (derivado do latim vulgar) e que veio a dar origem ao italiano atual, adotado oficial após a unificação da Itália.

Ele escreve, no fim da década de 1340, o romance psicológico “Elegia di Madonna Fiammetta”, considerado o primeiro do gênero da literatura europeia.

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