Provisoriamente, conteúdo do Instagram
Hilda Hilst (1930-2004) foi poeta, ficcionista, dramaturga e cronista brasileira. É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX.
Fez sua estreia na literatura com o livro de poemas “Presságio”, publicado em 1950.
Hilst foi fortemente influenciada por James Joyce e Samuel Beckett em alguns temas e no uso do fluxo de consciência. Sua obra, com mais de quarenta livros publicados, aborda temas como misticismo, insanidade, erotismo e libertação sexual feminina.
Em 1966, decidiu que se dedicaria somente à literatura e muda-se para a Casa do Sol, chácara em Campinas, onde escreveu 8 peças de teatro e “Fluxo Floema” (1970), sua primeira obra de ficção.
Com “Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão” (1974), é apontada, por Nelly Coelho, uma marcante mudança na trajetória de sua obra, com o aprofundamento da expressão da sexualidade, mergulhando na literatura obscena (mais o do pornográfico que erótico), onde se destaca também “O Caderno Rosa de Lori Lamby” (1990).
Hilda Hilst era “intensa e ousada”, mas também “profundamente humana, em suas fragilidades, seus questionamentos e suas relações”, como dizem suas biógrafas.
Dizendo buscar o interesse dos leitores, em 1990 anunciou que “largaria a literatura séria” pois estava “irritada com o pouco alcance de sua escrita” – que foi identificada pela opinião especializada como uma manobra de marketing. Mas era realmente uma autora pouco lida em sua época. Ainda assim, em vida, recebeu diversos dos mais importantes prêmios literários do Brasil.
“Cantares de perda e predileção” (poesia, 1980), “A obscena senhora D” (ficção, 1982) e “Rútilo nada” (ficção, 1993) estão entre suas obras de maior destaque.
A Casa do Sol funciona hoje como sede do Instituto Hilda Hilst, onde se realizam residências artísticas e encenações de peças de teatro.
Gostou do post? Deixe seu comentário e siga-nos nas redes sociais para ter acesso a conteúdos exclusivos!
0 comentários