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“Os Embaixadores” (1903), romance da fase tardia do escritor nova-iorquino naturalizado inglês Henry James (1843-1916), carrega a sua ambição de escrever o “romance perfeito”.

O enredo é simples e bem resumido por Modesto Carone:

Henry James – Os embaixadores, Edição da Cosac & Naify. Foto: Acervo Recanto da Literatura

“Lambert Strether quer se casar com Marie de Vionnet, viúva dominadora de Woolet, Nova Inglaterra; mas para que o encontro aconteça, ele tem que trazer de volta o filho da viúva, Chad, supostamente mergulhado da devassidão de Paris. Acontece que Chad já está preparado para retornar e assumir suas obrigações em casa, o que torna a missão de Strether uma futilidade. […]”

Em meio aos contrastes culturais entre o Novo e o Velho Mundo, que permeia grande parte da sua obra, a narrativa da trama romântica “não passa simplesmente pelas ações: ele, por assim dizer, afunda nelas profundamente, tal a riqueza sutil de análise das sensações emanadas de cada cena.”, como descreveu Alcir Pécora para a Folha de São Paulo.

A obra foi concluída em 1901, entretanto não encontrou uma editora disposta a publicá-lá até 1903, ainda que seu autor já fosse consagrado a esta altura. Ainda assim ela foi inicialmente publicada seriada em uma revista (North American Review) e teve 3 capítulos suprimidos.

O próprio Henry James elegeu esta obra como a sua obra-prima.

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