Liev Tolstói

por | 25/01/2020 | Biografias | 0 Comentários

Tolstói, bem idoso, com barba longa e branca, sentado num banco de parque, vestindo calça marrom, camis azul e botas pretas

Tolstói em maio de 1908, quatro meses antes de seu aniversário de 80 anos (fotografado em Yasnaya Polyana por Prokudin-Gorskii; a primeira foto colorida tirada oficialmente na Rússia)

Provisoriamente, conteúdo do Instagram

Liev Tolstói (1828-1910), considerado um dos maiores escritores de todos os tempos, se destacou por seus romances e contos, que marcaram a literatura realista russa, mas também por seus ensaios filosóficos.

Nascido numa família nobre, conseguiu aclamação literária ainda jovem, com sua trilogia semi-autobiográfica, “Infância” (1852), “Adolescência” (1854) e “Juventude” (1856).

Entre suas principais obras estão o trio de grandes romances – “Guerra e Paz” (1869), “Anna Kariênina” (1877), “Ressurreição” (1899) – e a novela “A Morte de Ivan Ilitch” (1886), considerada por críticos como a mais perfeita novela já escrita.

Tolstói foi um precursor das idéias libertárias no campo pedagógico, realizando experiência com crianças camponesas em sua propriedade.

Depois de escrever Anna Kariênina, se inclinou para a religião, tornando-se um cristão evangélico. Em “A Minha Confissão” (1882), faz uma autocrítica e condena seu passado abastado e sua própria atividade literária.

Em sua principal obra não ficcional “O Reino de Deus dentro de vós” (1893) – banida na Rússia e publicada no ano seguinte na Alemanha – expõe seu pensamento anárquico cristão de não-violência. Seus princípios influenciaram Mahatma Gandhi, com quem se correspondia. Por sua crítica contundente à religião institucional foi excomungado em 1901.

Todos pensam em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.”

Tolstói se tornou um defensor dedicado do Georgismo, filosofia desenvolvida pelo economista norte-americano Henry George, e que se funda num imposto único sobre a renda da terra – tema explorado no romance Ressurreição.

Tolstói morreu de pneumonia, na estação de trem de Astapovo, ao fugir de casa para entrar para um mosteiro, no meio do inverno. Conta-se que passou seus últimos momentos pregando a não-violência, georgismo e amor aos passageiros do trem.

 

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Mariana Gago

Advogada e entusiasta do papel transformador dos livros. Idealizadora e editora do projeto Recanto da Literatura.

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