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Esta biografia teve a ajuda do amigo @markk21almeida a quem agradeço imensamente.
José Saramago (1922-2010) foi um romancista, dramaturgo, poeta, ensaísta, cronista e contista português, responsável pelo reconhecimento internacional de prosa em língua portuguesa.

Foto: Reprodução
Filho de camponeses sem terra que migraram para Lisboa com a família, trabalhou como serralheiro, desenhista, funcionário da saúde e da previdência social. Autodidata, publicou seu primeiro romance “Terra do Pecado” (1947) e só voltou a publicar em 1966, com “Os Poemas Possíveis”. No final dos anos 50 passou a trabalhar numa editora, Estúdios Cor, voltando ao mundo das letras como responsável pela produção, o que o aproximou de alguns dos mais importantes escritores portugueses da época. Começou também a trabalhar como tradutor, o que fez até 1981, de autores como Colette, Tolstói, Baudelaire, entre outros. Outra ocupação paralela, entre 1967 e 68, foi a de crítico literário.
Suas coletâneas de crônicas publicadas na imprensa “Deste Mundo e do Outro” (1971) e “A Bagagem do Viajante” (1973), são consideradas essenciais para a completa compreensão do seu trabalho. Seu trabalho seguinte no Diário de Lisboa foi publicado como o nome de “As Opiniões que o DL teve”, em 1974, e, segundo o próprio autor, são “uma ‘leitura’ bastante precisa dos últimos tempos da ditadura que viria a ser derrubada em Abril daquele ano”. A partir de 1976, ao ficar novamente desempregado, passou a viver exclusivamente da literatura.
Em 1980, no romance “Levantado do Chão”, nasce o estilo marcante e característico da sua narrativa. Sua escrita é oral, com recursos usados na oratória, na dialética e na retórica, com períodos longos, pontuação não-convencional, diálogos inseridos no texto. Seu estilo pode provocar dificuldade nas primeiras páginas para um novo leitor, mas se transforma rapidamente em deleite.
Publicou quatro romances onde a história é reinterpretada: “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (1985), “A Jangada de Pedra” (1986), “História do Cerco de Lisboa” (1989) e “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (1991). Este último provocou sua saída de Portugal, após sofrer veto da Secretaria de Cultura, sob alegação de ser ofensivo aos católicos.
Em romances posteriores, como, “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995), “O Homem Duplicado” (2002), “Ensaio sobre a Lucidez” (2004) e “As Intermitências da Morte” (2005), os questionamentos à sociedade e à existência humana assumem relevância.
Várias obras foram adaptadas para as telonas: “A Jangada de Pedra” (2002, George Sluizer), “Ensaio sobre a Cegueira” (2008, Fernando Meirelles), “Embargo” (2010, António Ferreira) e “O Homem Duplicado” (2014, Denis Villeneuve).
Em 1995, recebe o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa.
Foi o primeiro autor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura em 1998 (infelizmente, ainda o único).
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