Meus agradecimentos à Ana Rosa do @bibliotecando pela linda resenha.
Terminei!!! Agora me pergunto o motivo de ter demorado tanto tempo pra ler esse livro! Que história! Que enredo! To sem palavras. Assumo: pensei, em alguns momentos, que a cegueira branca iria me atingir! A maneira com que a trama me envolveu foi tremenda. “Ensaio sobre a cegueira” é a primeira obra do Saramago que leio. Provavelmente, meu comodismo e inércia literária – que me fazem permanecer sempre lendo as mesmas coisas – me impediram de conhecer o livro antes. Verdade é que já havia ouvido falar muito bem sobre essa história, e sobre outras tantas obras do Saramago.
Esse livro é diferente de tudo que já li. Não chega a ocupar o posto de história mais triste – Os Miseráveis é insuperável rsrsrs – não chorei durante a leitura, mesmo sentindo uma tristeza e aflição imensa em vários momentos.
A história me soou como uma parábola, mas também como um aviso. “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” – o conselho do início do livro ecoa até o fim da narrativa, tenta-nos abrir os olhos, nos mostrar que já estamos tão cegos quanto aqueles dos quais a mulher do médico cuida.
Ao mesmo tempo, toda o enredo emite um outro aviso, um alarme para que lembremos da importância que nossos olhos têm, a preciosidade que enxergar é, e a existência de uma face oculta, o lado em que ver significa maldição.
Seja como um retrato do nosso presente enquanto humanidade, ou dos dias que possivelmente hão de ser nosso futuro, Saramago aponta, brilhantemente, para aquilo que nos torna humanos de fato, e nos faz perquirir sobre o que isso seria, se é que realmente esse algo existe… “Pode ser que a humanidade venha a conseguir viver sem olhos, mas então deixará de ser humanidade, o resultado está à vista…”
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