Guimarães Rosa

por | 27/03/2020 | Destaque, Biografias | 0 Comentários

Foto do busto do autor em preto e branco, de terno

Guimarães Rosa, médico, diplomata, escritor e poliglota. Fonte: Wikimedia commons

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João Guimarães Rosa (1908-1967), escritor, médico e diplomata, foi um dos maiores expoentes da terceira geração modernista, conhecida como “Geração de 45”, destacando-se por seu trabalho sofisticado, meticuloso e de forte carga poética. É considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira de todos os tempos.

Trabalhou como médico no interior de Minas Gerais, por pouco tempo, mas esta experiência se reflete em suas obras, tanto no vocabulário bastante peculiar quanto na criação de seus personagens.

Como cônsul-adjunto, foi preso durante um período em Baden-Baden, na Alemanha, em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, junto com outros brasileiros. Depois, com sua carreira diplomática mais estabelecida, passou a se dedicar mais à literatura e escrever com maior constância.

O livro de contos “Sagarana” (1946), assinado inicialmente com o pseudônimo de Viator, o alçou a um lugar de destaque na literatura brasileira. Uma obra regionalista, ligada à vida rural de Minas Gerais, que apresenta traços do seu estilo marcante: realismo mágico, experimentação e recriação da linguagem, estrutura narrativa singular, o conteúdo rico em simbologia e a expansão do regionalismo para temáticas universais do homem.

O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta, esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”

Estudioso da cultura popular brasileira, a obra de Rosa que merece maior destaque, não só por ter sido a mais premiada, é seu único romance, “Grande Sertão: Veredas”, publicado em 1956. Na obra, o jagunço Riobaldo, narra a história de sua vida.

Guimarães Rosa vestido com o tradicional fardão verde e dourado, na posse na Academia Brasileira de Letras, entre Juscelino Kubitschek e Austregésilo de Athayde.

Guimarães Rosa em sua posse na Academia Brasileira de Letras (Foto: Agência O Globo)

Outras obras que merecem destaque: “Magma” (1936), um livro de poesias, publicado postumamente, em 1997, e que era tratado pelo próprio autor como uma obra menor, e “Corpo de Baile: Noites do Sertão” (1956), composto por 7 novelas.

Em 1963, foi eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Letras. Assombrado pela superstição de que morreria logo que assumisse a imortalidade da Casa de Machado de Assis, adiou a cerimônia de posse por quatro anos. Em 19 de novembro de 1967, apenas 3 dias depois de empossado, morreu de infarto.

 

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Mariana Gago

Advogada e entusiasta do papel transformador dos livros. Idealizadora e editora do projeto Recanto da Literatura.

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